Análise sobre tipografia 1.0
A Tipografia é uma área do design que abarca o processo de elaboração gráfica do texto. Esta criação de texto, tal a de todo os outros elementos do design, deve ter em conta o desígnio para o qual ele é elaborado: as suas funções, a legibilidade, mais ou menos ornamentos, etc. Logo, não existe um tipo de letra perfeito para cada situação, uma vez que estes albergam características que se adaptam ou não a cada composição visual.
Resolvi tomar como exemplo um vídeo disponibilizado pelo professor, Choose (Trainspotting), que consiste na apresentação de palavras que vão mudando à medida que o texto é falado, acompanhado de uma música com ritmo enérgico, retirado de um excerto do filme com esse nome. No início do texto, as palavras moldam-se às figuras que representam (por exemplo, uma máquina de lavar roupa a abanar). O autor também joga com espaços positivos e negativos, palavras destacadas em que o contorno negro desenha objectos, palavras repetidas várias vezes formando figuras. As letras alternam entre diferentes tipos de serifa, de acordo com a palavra (objecto) que (d)escrevem e também com a composição em si (repetição de palavras, etc). As letras são pretas e o fundo vai-se alterando, sempre recorrendo a cores suaves, com muito brilho: laranja claro, azul claro, verde claro, rosa claro. No final do vídeo, as letras que entretanto se amontoavam até quase o topo do campo visual desmoronam, havendo uma movimentação da câmara para o amontoado de letras – o negro. Choose life.
Achei o vídeo interessante pela forma como joga com as letras, a manipulação do kerning para criar formas coesas, andando de um lado para o outro, transmitindo dinâmicas. Toma partido das nuances de cada serifa, brinca com as letras e traduz a energia da música e a agressividade do texto, e gostei bastante do efeito conseguido.
Choose Life. Choose a job. Choose a career. Choose a family. Choose a fucking big television, choose washing machines, cars, compact disc players and electrical tin openers. Choose good health, low cholesterol, and dental insurance. Choose fixed interest mortgage repayments. Choose a starter home. Choose your friends. Choose leisurewear and matching luggage. Choose a three-piece suite on hire purchase in a range of fucking fabrics. Choose DIY and wondering who the fuck you are on Sunday morning. Choose sitting on that couch watching mind-numbing, spirit-crushing game shows, stuffing fucking junk food into your mouth. Choose rotting away at the end of it all, pissing your last in a miserable home, nothing more than an embarrassment to the selfish, fucked up brats you spawned to replace yourselves. Choose your future. Choose life.
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Estudo para a proposta nr 2
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Proposta nr 1: Elementos Básicos da Comunicação Visual
Buy it, use it, break it, fix it,
Trash it, change it, mail – upgrade it,
Charge it, point it, zoom it, press it,
Snap it, work it, quick – erase it
Para a minha proposta sobre elementos básicos da comunicação visual escolhi basear-me na Technologic, uma música dos Daft Punk que descreve as muitas tarefas que podem ser realizadas por máquinas, pela tecnologia, pelo digital, com uma parte musical ao estilo electrónico.
Tecnologia. Tecno + logia. Estudo do ofício, da técnica. O conhecimento dos materiais e da forma como trabalhar com eles permite-nos criar ferramentas que facilitam as nossas acções quotidianas. A tecnologia criada pelo Homem evoluiu de tal forma que as máquinas por nós construídas conseguem fazer mais, cada vez mais, aumentando as suas capacidades exponencialmente. Continua a ser preciso haver uma mão humana que faça a máquina trabalhar. Nós, a vida, damos vida à máquina. E, no entanto, a máquina nos domina, no sentido de cada vez mais dependermos dela. A criação depende do criador, mas ao mesmo tempo subjuga-o.
A escolha da cor baseou-se nesse pressuposto. Uma música chamada Technologic não poderia ser colorida, mas a preto e branco, uma vez que a tecnologia não tem a vida que a cor transmite. A tecnologia digital, que predomina no texto da música, é binária. 10011010010101. Da mesma forma, não faria sentido recorrer a texturas, que não são mais do que nuances que a tecnologia, por si só, não possui.
A figura a preto representa o Homem. A cinza, a tecnologia. Apesar de ser uma sombra do que nós somos, uma criação nossa, ela domina-nos através da necessidade que dela fomos criando ao longo do tempo. Não só dos utensílios do dia-a-dia, mas também de toda a tecnologia digital que é aperfeiçoada alucinantemente. Cada vez menos confiamos nas nossas próprias capacidades, depositanto a nossa confiança em tudo o que a tecnologia pode fazer por nós. E, no fim, – penso – quem perde somos nós.
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Estive a experimentar,
E já vou conseguindo alguma coisa. :D
Já tenho o esboço para Ricardo Reis. E ideias para os outros dois.
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